Acusação de “terrorismo” contra a Administração da Ordem dos Advogados de Istambul

Com a declaração anunciada na conta oficial de mídia social da Ordem dos Advogados de Istambul em 21 de dezembro, o Gabinete do Procurador-Geral de Istambul iniciou uma investigação ex officio sobre os crimes de "fazer propaganda para uma organização terrorista" e "divulgar publicamente informações enganosas" por supostamente elogiar os suspeitos foragidos Nazım Daştan e Cihan Bilgin, que eram membros da organização terrorista PKK e foram mortos no norte da Síria. Primeiro, o Ministério Público de Istambul preparou uma ação judicial solicitando a demissão de Kaboğlu e dos membros do Conselho de Administração e a eleição de novos membros em seus lugares.
A INSTITUIÇÃO FOI PREPARADA
No âmbito da investigação de terrorismo, a promotoria obteve permissão do Ministério da Justiça para investigar o presidente da Ordem dos Advogados de Istambul, Kaboğlu, e 10 de seus membros, de acordo com a Lei dos Advogados, e então tomou declarações do conselho de diretores da Ordem dos Advogados como "suspeitos". Posteriormente, o promotor do Bureau de Investigação de Crimes de Terrorismo concluiu sua investigação e preparou a acusação. A acusação foi enviada a Bakırköy, o tribunal criminal superior mais próximo.
A ACUSAÇÃO FOI ELABORADA
Na acusação preparada pelo Ministério Público de Bakırköy, o presidente da Ordem dos Advogados de Istambul, Kaboğlu, e os membros do conselho, incluindo Fırat Epözdemir, que foi preso por "fazer propaganda terrorista", foram listados como "suspeitos". A acusação alegou que os suspeitos apresentaram os membros da organização terrorista Nazım Daştan e Cihan Bilgin como jornalistas por meio de um comunicado à imprensa e neutralizaram as forças de segurança no âmbito da luta contra o terrorismo.
ELES ATUARAM DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA
Também foi alegado que o comunicado de imprensa em questão tinha como objetivo legitimar e disseminar atividades separatistas, que é o objetivo final da organização terrorista. A acusação alegou que os suspeitos tentaram criar uma percepção enganando o público com informações falsas sobre a segurança interna e externa e a ordem pública do país por meio das expressões que usaram em suas declarações.
PENA DE ATÉ 12 ANOS DE PRISÃO SOLICITADA
Também foi alegado que a Ordem dos Advogados agiu com o objetivo de criar ansiedade, medo ou pânico entre o público ao tentar afetar negativamente a confiança nas instituições e órgãos do Estado. O Gabinete do Procurador-Geral de Bakırköy preparou uma acusação contra İbrahim Kaboğlu e 10 membros do conselho pelos crimes de "Fazer Propaganda de Organização Terrorista por Meio da Imprensa" e "Espalhar Publicamente Informações Enganosas ao Público por Meio da Imprensa", solicitando uma pena de prisão de 3 a 12 anos e proibição política.
A DEFESA DO BARÃO FOI SOLICITADA
O tribunal, que analisou o arquivo, notificou a acusação ao presidente da Ordem dos Advogados de Istambul, İbrahim Özden Kaboğlu, e a 10 membros da ordem, e pediu à administração da ordem dos advogados que apresentasse sua defesa e evidências, se houver. O tribunal também declarou que a investigação poderia ser aprofundada se necessário e que a permissão para o processo seria dada com base no processo.
SE O TRIBUNAL PERMITIR UM JULGAMENTO, UM CASO DE "TERRORISMO" SERÁ ABERTO CONTRA A ORDEM DOS ADVOGADOS
Se o 13º Tribunal Criminal Superior de Bakırköy conceder permissão para o julgamento, o arquivo será enviado de volta ao Gabinete do Promotor Público Chefe de Istambul. O Ministério Público enviará o processo ao Tribunal Penal Superior de Istambul para julgamento, e um caso de "terrorismo" será aberto contra a Ordem dos Advogados de Istambul.
sabah